domingo, março 22, 2009

Observar é SER e SENTIR...


Quando nos abrimos ao que nos rodeia, observamos sem emitir juízos de valor tudo o que vemos... e o mundo explode numa sinfonia de cores, sons, texturas e perfumes...
E a vida é mais intensa e muito mais reveladora de Beleza...
Inesperadamente tudo se transmuta!


Um pássaro corta o ar sobre as nossas cabeças e é um véu que se rasga, revelando mais vida e maior Beleza... A Terra pulsa e sentimos o coração bater ao mesmo ritmo...
A brisa do mar traz-nos segredos antigos e intimações de eternidade...
E a Saudade de casa transforma-se num doce sentimento de nostalgia...


Folhas, árvores, muros, têm uma circulação sanguínea que só o Poeta sente pulsar em si mesmo... Miríades de pós estelares espalhados pelo mundo nos recordam o SER...


ISABEL
Lisboa 22 de Março de 2009
(Fotos de Isabel)

terça-feira, março 17, 2009

AO NOSSO AMIGO DESAMBIENTADO...





O nosso querido Amigo DESAMBIENTADO



Escreveu o seguinte no seu último post, no seu belíssimo blogue:


“Senti um medo que contrastava

Com a sensação de liberdade,

De ter, perante mim, um infindo universo,

Que nunca povoarei.

É um tormento sentir

Que não lhe podemos tocar, ver ou possuir.

É um suplício não ser

Eterno para o conhecer,

Pelo menos no éter que exala.

É uma tortura pensar que se morrerá,

Sem matar a sede do conhecimento.”




Sentindo a sua melancolia e querendo fazer algo muito difícil, consolar a sua nostalgia, não soube encontrar palavras, até que dei com um poema que escrevi há longos anos! Em 1981!

Arriscando-me a que não constitua grande consolação, mesmo assim, transcrevo-o aqui:



A Pergunta...




Se fui pó

E fui estrela

E fui flor,

Porque olho desesperada

Ao meu redor,

E procuro no Arco-Íris de cor

A Ponte do SER?





Se fui rocha

E planeta

E cometa,

Porquê agora,

Prisioneira do meu eu,

Procuro o Céu

Com os meus olhos de não ver?!





E se fui Esfinge

E fui humana

E fui raiz,

Porque procuro ainda

O que me diz

Que eu sou tudo?

Porque questiono o mundo?

Porque não sou feliz?





E se fui Países e história

Que canta a memória

Dos astros sem fim,

Que foi feito de mim?

QUEM é feito em mim?




(ISABEL - 17/03/1981)


(Fotos de Isabel)

domingo, março 08, 2009

8 DE MARÇO - DIA DA MULHER




Dedico este poema à minha Amiga Claudina, que no ano passado perdeu um Filho...



Ergueste na madrugada

a tua dor, como uma espada

mas conseguiste transformá-la numa flor...


Tens a Força da Coragem,

o sabor da Paciência

e o Poder do teu Amor.


Transformaste o teu coração

num pássaro voando no azul

e eu, dou-te a minha mão

e uma Esperança que renasce a Sul.


Isabel


(Foto de Isabel)